Tomate, batata e cebola registram queda no atacado

16 de março de 2023

Os preços da batata, da cebola e do tomate caíram na maioria no mercado atacadista em fevereiro, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort). Na contramão, a cenoura ficou mais cara em quase todos os pontos de venda acompanhados.

No relatório, a estatal lembrou que, depois de atingirem o pico em novembro de 2022, as cotações da cebola registram quedas intensas, mesmo com a menor oferta em alguns períodos. No mês passado, a maior queda — de 18,65% — foi registrada na Central de Abastecimento (Ceasa) de Vitória (ES), para R$ 3,44 o quilo.

Já o tomate caiu 28,36% em São José, interior catarinense, a R$ 3,75 por quilo. Segundo a Conab, a safra de verão deve ter atingido seu pico, incrementando os envios aos mercados. “As temperaturas elevadas, características da época, aceleram a maturação do fruto que precisa ser direcionado ao mercado”, esclarece.

A batata, por sua vez, cedeu após altas consecutivas desde setembro, com a oferta do produto praticamente estável. Em Rio Branco, o tombo foi de 42,03%, para R$ 4,62 o quilo.

O excesso de chuva no Sudeste reduziu a disponibilidade de cenoura no país. Como consequência, o quilo do produto mais do que dobrou de preço em Brasília, para R$ 4,11, além de ter altas significativas na maioria das praças de negociação.

Frutas

No mês de fevereiro, a banana foi a única fruta a ficar mais barata — e apenas em parte do país. Caiu 11,69% em Goiânia, a R$ 4,88 por quilo, mas subiu 15,65% em São José (SC), para R$ 4,19 o quilo.

“A quantidade ofertada caiu e houve movimento ligado à diminuição da produção da banana nanica, que estava com oferta elevada nos meses anteriores. Já o mercado da banana prata, em período de entressafra, continuou com preços elevados, mas estáveis”, aponta a Conab.

Com ligeira queda na oferta e o calor favorecendo a demanda, o preço da laranja teve viés de alta. Em São José, avançou 21,5%, para R$ 3,38 o quilo. Também subiram a maçã (+42,8% em Rio Branco, para R$ 13,61 o quilo), o mamão (+31,5% no Rio de Janeiro, a R$ 6,93 por quilo) e a melancia (+25,5% em Brasília, a R$ 2,94 por quilo).

A Conab acrescentou no boletim que o volume exportado de frutas, considerando janeiro e fevereiro de 2023, foi de 158,5 mil toneladas, 9,4% menor em relação ao primeiro bimestre de 2022. Mas a receita subiu 5,7%, para US$ 155,4 milhões.

Foto: Pixabay

 

Fonte: Globo Rural