Gripe aviária: Brasil anuncia reforço a medidas de prevenção

9 de dezembro de 2022

O Ministério da Agricultura (Mapa) anunciou, nesta quinta-feira (8/12), um reforço nas medidas preventivas contra a gripe aviária válidas para todo o país. A decisão foi tomada diante do aumento de casos da doença no continente sul-americano, em países como Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. O Brasil tem o status sanitário de livre de influenza aviária e nunca registrou casos da doença.

“O período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores, com o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) no país”, diz o Ministério, em nota.

Entre as medidas, estão a testagem de aves para monitorar a circulação viral. Dentro da cadeia produtiva da avicultura, a orientação do Mapa é reforçar as medidas de biosseguridade nas granjas e instalações. Em comunicado divulgado aos associados, a Associação Brasleira de Proteína Animal (ABPA) recomendou, entre as ações, a proibição de visitas às unidades produtivas e a desinfecção total de veículos e equipamentos que adentrem às granjas.

Em seu comunicado, o Ministério da Agricultura ressalta a importância da notificação imediata de qualquer caso suspeito de contágio de planteis por gripe aviária. A doença com alto grau de patogenicidade se caracteria pela mortandade de aves, além da manifestação de outros sintomas clínicos, como dificuldade respiratória e diarreia.

Altamente contagiosa

A IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) afeta tanto aves domésticas quanto silvestres. Segundo o Ministério da Agricultura, o mundo vive a maior epidemia da doença, que tem atingido diversos países nos mais variados continetes. E a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves migratórias com outras aves silvestres ou de subsistência.

“A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Marcos de Moraes, no comunicado do Ministério.

Ainda de acordo com a pasta, o contato com aves infectadas vivas ou mortas pode levar ao contágio de humanos por variantes da influenza aviária. No entanto, o risco é mínimo de transmissão entre pessoas por meio de alimentos preparados.

Foto: Globo Rural

 

Fonte: Globo Rural