Frete do agronegócio cresceu 33% no 1º semestre, diz Fretebras

28 de setembro de 2022

A Fretebras, plataforma digital de contratação de fretes rodoviários, registrou aumento de 33,2% nos pedidos de transporte de cargas do agronegócio no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado. A avaliação está na 8ª edição do Relatório Fretebras – O Transporte Rodoviário de Cargas, com base na análise de 4,7 milhões de fretes publicados no primeiro semestre de 2022.

O aumento é creditado pela empresa à aposta maior das transportadoras do agro na contratação de caminhoneiros autônomos, por meio de aplicativos. Segundo levantamento da plataforma, a digitalização dos fretes ajuda as empresas a reduzirem os custos com transportes em até 30%, se comparado aos valores despendidos com o uso de frota própria.

Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras, afirma que o primeiro semestre de 2022 foi marcado por obstáculos no agronegócio, como a quebra nas safras de soja por questões climáticas e a guerra da Ucrânia, que mudou a dinâmica da economia internacional e o comércio internacional de fertilizantes.

Houve crescimento, no entanto, de 64,7% nos fretes de milho na plataforma, em comparação com o ano passado, e de 182% no trigo. “Esses aumentos são uma clara demonstração da aposta dos transportadores do agro pela digitalização em duas culturas que estão com estimativas de produções recordes para essa safra”, disse Hacad.

O agronegócio representou 36% de todas as cargas publicadas na Fretebras no primeiro semestre, sendo o Rio Grande do Sul o Estado mais representativo com 15,6% desses fretes, seguido por São Paulo (12,6%), Minas Gerais (11,9%) e Mato Grosso (11,5%).
A Fretebras, fundada em 2008 em Catalão (GO), tem mais de 740 mil caminhoneiros cadastrados e quase 18 mil empresas assinantes. Em 2021, quando foi considerada uma das 100 startups mais inovadoras, a plataforma facilitou a transação de mais de 8 milhões de cargas, distribuindo R$ 63 bilhões em fretes.

Foto: REUTERS/Roberto Samora

 

Fonte: Globo Rural