Febre aftosa: 73 milhões de bovinos e bubalinos devem ser vacinados na primeira etapa da campanha

2 de maio de 2023

A primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2023 começa na próxima segunda-feira (1º). Cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades deverão ser vacinados até o dia 31 de maio, informa o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Nesta fase, a imunização dos animais seguirá o calendário nacional de vacinação e ocorrerá em 14 estados brasileiros: Alagoas, parte do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo.

As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda.

Além disso, é obrigatório o uso de agulhas novas para aplicação da dose de 2 mL na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais.

Além de imunizar o rebanho, o produtor deve também declarar a vacinação ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado.

Suspensão da vacina

Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal – pertencentes ao Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA) – não vacinarão mais seus animais nesta etapa, conforme a Portaria nº 574, publicada no dia 3 de abril.

A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. As sete unidades federativas somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do país.

Neste momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre esses estados e as demais UFs que ainda praticam a vacinação contra a febre aftosa no país.

Isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) neste ano de 2023, dando tempo para que outros estados do Bloco IV executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação e o pleito seja apresentado posteriormente, de forma conjunta.

Foto: Divulgação/Secom-PA

 

Fonte: Globo Rural