Defensivos agrícolas: Adama espera ampliar de 6% para 10% market share no Brasil

8 de dezembro de 2022

Fruto de um investimento de R$ 300 milhões, a nova unidade fabril da Adama foi inaugurada em Taquari (RS). Com o empreendimento, a empresa, que pertence ao Syngenta Group, pretende dobrar a receita no país e lançar cinco novos fungicidas nos próximos três anos.

A companhia detém 6% do market share do mercado brasileiro de defensivos, e a expectativa é alcançar 10% até 2025, informa o CEO da Adama Brasil, Romeu Stanguerlin. Durante a solenidade de inauguração da fábrica, o executivo destacou que essa é a primeira unidade produtora de protioconazol de toda indústria nacional. O ingrediente ativo é utilizado para a formulação de fungicidas voltados a culturas como soja e algodão e, até agora, era importado da fábrica da empresa em Israel.

“Dos cinco produtos que serão lançados nos próximos anos, o protioconazol estará na composição de quatro. A produção local irá representar menos dependência externa e mais segurança de abastecimento, e pode também significar diminuição de custos para o produtor”, sustenta. “Queremos estar entre os maiores produtores mundiais do ingrediente ativo”, complementa Stanguerlin.

O protioconazol movimenta entre 30% e 35% do mercado brasileiro de fungicidas estimado em US$ 6 bilhões em 2022. Soja e algodão respondem por cerca de 80% desse montante.

A expectativa é que o segmento de defensivos agrícolas tenha um faturamento de aproximadamente US$ 20 bilhões até o fim do ano, o equivalente a um incremento de 30% sobre o resultado de 2021. “Essa projeção leva em conta, principalmente, a alta que tivemos nos custos, porque o crescimento da área plantada não é significativo”, considera o CEO da empresa.

Em 2021, a Adama registrou faturamento de US$ 4,8 bilhões globalmente. O Brasil é o principal mercado da companhia no mundo, com uma fatia de 20% dos negócios totais. A operação no país é a maior unidade industrial fora de Israel e envolve um portfólio de herbicidas, inseticidas, fungicidas e biossoluções.

A sede, em Londrina (PR), conta com 12 sites de produção. No complexo em Taquari, são cinco unidades produtivas. A planta gaúcha é considerada de síntese de fungicidas, ou seja, o ingrediente ativo é enviado para formulação do produto final no Paraná.

A unidade inaugurada nesta quarta gerou 31 empregos diretos. No total, a empresa emprega 700 colaboradores no país.

Foto: Igor Azevedo/ O poder da foto

 

Fonte: Globo Rural