Rebanho bovino bate recorde e passa de 224 milhões de cabeças, em 2021

22 de setembro de 2022

O rebanho bovino brasileiro chegou ao recorde de 224,6 milhões de animais em 2021. O número é 3,1% superior ao de 2020 e é o maior da série histórica iniciada em 1974, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta (22/9), pelo Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O recorde anterior tinha sido contabilizado em 2016, quando o total chegou a 218,2 milhões de cabeças. O ano de 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para a produção de bezerros, em contraponto à queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o abate, explica Mariana Oliveira, analista da pesquisa.

Os maiores aumentos absolutos no efetivo ocorreram nos estados da Bahia (2 milhões de animais), do Pará (1,5 milhão) e de Tocantins (1 milhão). Mato Grosso, assim como em 2020, foi líder no ranking estadual, com 32,4 milhões de cabeças, ou 14,4% do efetivo nacional. Goiás ocupa a segunda posição, com 10,8% do total.

O Centro-Oeste é a principal região em participação: 75,4 milhões de cabeças que equivaleram a 33,6% do efetivo nacional. No ranking municipal, a liderança segue com São Félix do Xingu (PA), como em 2020, alcançando 2,5 milhões de cabeças.

Em agosto, exportação para China foi recorde
No mercado de carne bovina, a China segue sendo o principal destino das exportações do Brasil. De acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), isso ocorre porque o Brasil tem condições de oferecer carne de qualidade a preços competitivos para o país asiático.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, citados pelo Cepea os embarques somaram 130,88 mil toneladas em agosto, mais da metade de tudo o que foi exportado no mês passado. Em agosto de 2021, foram quase 106 mil toneladas e, no mesmo mês em 2020, 78,2 mil.

“Agentes do setor acreditam que os envios sigam intensos nos próximos meses, tendo em vista o típico aumento nas exportações à China no segundo semestre, para formação de estoques”, diz o Cepea.

Foto: Everton Queiroz/Acrimat

 

Fonte: Globo Rual