A dinâmica do mercado brasileiro de milho seguiu inalterada nesta quarta-feira. Segundo a SAFRAS Consultoria, os produtores não mostram interesse para os negócios, fixando pouco, avaliando que os preços podem continuar subindo no curto prazo. Há grande especulação com a evolução climática e da próxima safra. Os consumidores estão buscando lotes para composição de estoques, mas esbarram na falta de bons volumes. Indicação de compra para porto de Santos firme devido à necessidade de fechamento de posição urgente.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 70,00/73,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 68,00/71,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 58,00/62,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 67,00/70,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 72,00/75,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 66,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 68,00/70,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 60,00/62,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 45,00/48,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais baixos. O mercado foi pressionado pelas medidas econômicas adotadas pelo novo governo da Argentina. De acordo analistas de SAFRAS & Mercado, a desvalorização do dólar oficial, de 366 pesos para 800 pesos, impulsionou a comercialização das principais commodities na Argentina, acirrando a competitividade com o cereal norte-americano no cenário internacional.
Além disso, o cereal também foi pressionado pela previsão de retorno das chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil, devendo proporcionar alívio às preocupações com os impactos da estiagem, especialmente no centro e norte do país.
O aumento dos estoques de etanol nos Estados Unidos completou o quadro negativo. Por outro lado, a forte desaceleração do dólar frente a outras moedas correntes e o desempenho positivo do petróleo em Nova York limitaram uma maior queda na sessão.
A produção de etanol de milho dos Estados Unidos caiu 0,2% na semana encerrada em 8 de dezembro, atingindo 1.074 mil barris diários (*), ante 1.076 mil barris na semana anterior (1), segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia).
Já os estoques de etanol dos Estados Unidos passaram de 21,439 milhões para 22,1 milhões de barris no mesmo período comparativo, crescendo 3%. O país exportou ainda 124 mil barris de etanol nessa última semana, ante 75 mil, alta de 65%.
Os estoques cresceram para os níveis mais elevados desde agosto, ficando acima do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela Dow Jones apontaram que as reservas ficariam entre 21,43 milhões e 22 milhões de barris.
Já a estimativa do mercado para a produção de etanol era de uma queda mais acentuada, para até 1,058 milhão de barris. (*) Cada barril equivale a 159 litros.
Na sessão, os contratos com entrega em março de 2024 operaram com baixa de 5,75 centavos, ou 1,18%, cotados a US$ 4,79 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em maio de 2024 operaram com queda de 4,75 centavos, ou 0,95%, cotados a US$ 4,92 1/2 por bushel.
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Fonte: Safras e Mercado