Primeira semana de 2022 deve ter excesso de chuva em várias regiões produtoras do Brasil

3 de janeiro de 2022

Diferentemente de como terminou 2021, o ano começa com chuvas em vários pontos no Sul. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná já registram chuvas desde o início de segunda-feira (3/1). Ao longo do dia, eventuais pancadas devem ocorrer sobre o estado gaúcho, e há possibilidades de fortes precipitações na quarta-feira (5/1). “Elas possibilitarão a elevação dos índices de umidade do solo favorecendo o desenvolvimento das lavouras” Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima.

No Sudeste, as condições seguem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de soja, milho, café, cana-de-açúcar, laranja, hortaliças e outras culturas. A primeira semana de 2022 terá chuvas regulares em grande parte das regiões produtoras dos quatro estados. “Isso porque uma frente fria que avança sobre o Sul do Brasil deve se posicionar sobre a região e levar chuvas generalizadas”, diz Santos.

De acordo com o boletim, os grandes volumes deverão ser registrados sobre Minas Gerais, Rio de Janeiro e norte de São Paulo. “O excesso de chuva previstos para a primeira quinzena de janeiro pode se tornar um problema para as áreas urbanas, com destaque para o leste e sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro”. O agrometeorologista completa dizendo que diante dos altos volumes, os trabalhos de campo também podem ter problemas ao longo do mês.

Todas as regiões produtoras do Centro-Oeste seguem com fortes chuvas e problemas na colheita de soja e posterior plantio das lavouras de segunda safra, como algodão e milho. A tendência para segunda-feira (03/01) é de chuvas regulares e altos volumes sobre Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. De acordo com Santos, em alguns momentos até pode aparecer o sol, mas a tendência é de chuvas contínuas durante a primeira semana.

No Nordeste, a chuva segue forte tanto no oeste da Bahia quanto no Tocantins, Piauí, Maranhão, sul e leste do Pará. A tendência para a primeira semana do ano é da manutenção da chuva nas regiões produtoras. Isso trará consequências para o plantio da safra de milho e algodão que vem ocorrendo, aponta o agrometeorologista.

“Como há uma tendência de chuva bastante regulares para a primeira quinzena de janeiro, muito cuidado é pouco com relação aos tratos culturais. Porém, não é a famosa estiagem que acontece regularmente na virada da primavera para o verão capaz de trazer preocupações”, finaliza.

Foto: Getty Images

 

Fonte: Globo Rural