O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, participou, nesta terça-feira (13), de um painel de discussões sobre o protagonismo do agronegócio, levando a pauta do algodão brasileiro certificado e sustentável para o centro do debate. O colóquio integra a programação da quarta edição do One Agro – Por um Agro Protagonista, Estratégico e Sustentável, realizado pela Syngenta, em Campinas (SP), para refletir sobre os desafios e oportunidades que o setor encara na atualidade.
“Evoluímos muito, desde a década de 90, e fomos buscar conhecimento para isso. Precisávamos de um sistema de rastreabilidade para mostrar a origem do nosso algodão. Hoje, na etiqueta de um fardo de algodão, que pesa em torno de 200kg, constam, além da algodoeira em que foi feito, dados como o produtor, a fazenda, as certificações e resultados da qualidade”, afirmou o presidente da entidade.
O avanço da tecnologia foi um dos pontos abordados por ele. “Todas as informações estão registradas nos sistemas da Abrapa, que operam em nuvem. Por meio do QRCode, podemos acessar várias informações que são importantes, que mostram se aquele algodão é certificado ou não, se ele participou dos programas de certificação, nacional e internacional, como o BCI, que é reconhecido internacionalmente, ou o Algodão ABR, com 183 itens, respeitando nossa legislação trabalhista e ambiental”, explicou Schenkel.
“Todo esse processo faz parte de uma grande evolução dos cotonicultores, de muito planejamento dentro da nossa cadeia do algodão”, lembrou o presidente da Abrapa, que participou do painel “O Agro Protagonista”, como um dos convidados.
O contexto atual do agronegócio brasileiro, os desafios enfrentados pelo setor diante das transformações sociais e tecnológicas, a logística, a inovação e a sustentabilidade, as boas práticas e as iniciativas para aumentar a produtividade e competitividade, os movimentos globais e as tendências de consumo – estes foram alguns dos assuntos tratados durante o painel.
“Hoje, nosso algodão é tão bom quanto o algodão australiano, na questão de qualidade e, principalmente, nós temos sustentabilidade e essa rastreabilidade que poucos países têm. O Brasil é pioneiro nisso”, afirmou Schenkel.
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Fonte: Safras e Mercado