Preços dos suínos encontram recuperação em junho, com melhora na demanda

30 de junho de 2023

O mês de junho registrou valorização tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o mês registrou dois cenários: a primeira e a segunda quinzena.

Na primeira quinzena de junho, os preços ficaram de lado e sem espaço para recuperação, muito por conta da oferta elevada de suínos no mercado. “A demanda não evoluiu bem também, tanto é que a carcaça e os cortes não tinham saído do lugar”, disse.

Em relação a segunda quinzena do mês, a carcaça e os cortes apresentaram ligeira melhora. “Com isso, a demanda de animais por parte dos frigoríficos avançou, favorecendo os reajustes nesta segunda quinzena”, afirma Maia.

O analista destaca que os custos ainda seguem em pauta. “Muitos suinocultores estão apontando ainda para margens ruins. Temos que considerar que muitos fizeram estoque no começo do ano com o milho mais caro. Como falei nas últimas semanas, um efeito mais concreto do cereal mais barato será possível de ser observado no último quadrimestre do ano”, ressaltou.

“Para os próximos dias, a perspectiva é de uma melhora na demanda, por conta da capitalização das famílias e a possibilidade de temperaturas mais amenas. Os cortes bovinos estarem um pouco mais firmes também ajuda as cotações da carne suína e de frango”, conclui.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 5,29% no mês, passando de R$ 5,43 para R$ 5,72. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou 4,46%, passando de R$ 9,60 para R$ 10,03. A carcaça teve valorização de 4,07%, passando de R$ 8,45 para R$ 8,79.

A análise semanal de preços de SAFRAS e Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 110,00 para R$ 120,00. Na integração do Rio Grande do Sul a queda foi de R$ 5,30 para R$ 5,20 e, no interior do estado, o avanço foi de R$ 5,65 para R$ 5,80.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração desvalorizou de R$ 5,30 para R$ 5,20. No interior catarinense, os ganhos foram de R$ 5,35 para R$ 5,65, no Paraná de R$ 5,55 para R$ 5,80 no mercado livre e na integração recuo de R$ 5,40 para R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve aumento de R$ 5,00 para R$ 5,50 e na integração baixa de R$ 5,20 para R$ 5,10. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 5,40 para R$ 6,30, no interior de Minas Gerais de R$ 5,90 para R$ 6,50 e no mercado independente de R$ 6,00 para R$ 6,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 5,00 para R$ 5,50 e, na integração do estado, recuo de R$ 5,20 para R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 202,632 milhões em junho (16 dias úteis), com média diária de US$ 12,664 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 79,144 mil toneladas, com média diária de 4,946 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.560,30.

Em relação a junho de 2022, houve alta de 31,2% no valor médio diário, ganho de 24,6% na quantidade média diária e avanço de 5,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Foto: Freepik

 

Fonte: Safras e Mercado