O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais fracos nesta quinta-feira. “A dinâmica segue a mesma, um grande volume de oferta em meio a menor capacidade de retenção por parte do pecuarista”, disse o analista da Consultoria SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
O descarte de matrizes segue muito presente, aumentando a pressão de queda. Soma-se a isso a posição muito confortável das escalas de abate em diversos frigoríficos, fazendo com que os frigoríficos não encontrem dificuldades em baixar os preços.
“O terceiro trimestre será pautado por uma oferta menos robusta, considerando a redução da oferta no período, com uma oferta ainda incipiente de animais de confinamento somado a uma oferta residual de animais de safra. Nesse ambiente, os frigoríficos não terão tamanha facilidade na composição de suas escalas de abate e aumentará a propensão a reajustes”, completou Iglesias.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 242,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 225,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 215,00. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 220,00 para a arroba do boi gordo. Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 230,00.
Atacado
O atacado volta a apresentar preços em queda no decorrer da semana. Mesmo no período de virada de mês, o mercado não encontra sustentação, consequência do grande volume de carne bovina estocada nas indústrias. Por sua vez, a situação das proteínas concorrentes também é complicada, considerando o excesso de oferta.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,90 por quilo, queda de R$ 0,50. O quarto dianteiro teve preço de R$ 13,15 por quilo, queda de R$ 0,55. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,90 por quilo, queda de R$ 0,60.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 1,34%, sendo negociado a R$ 5,0040 para compra e a R$ 5,0060 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0050 e a máxima de R$ 5,0580.
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Fonte: Safras e Mercado