As primeiras lavouras de milho safrinha cultivadas em Goiatuba (GO), no sul de Goiás, começaram a ser colhidas nessa semana, mas o ritmo dos trabalhos está lento ainda. Quem informa é a Emater local.
O engenheiro-agrônomo Alceu Marques Filho destaca que não é possível dizer se os trabalhos estão evoluindo pouco pela decisão do produtor de deixar o milho por mais tempo no campo devido ao baixo preço ou por conta da falta de espaços nos armazéns. Algumas áreas já poderiam ter sido colhidas. “O fato é que o milho ainda possui um certo teor de umidade e, assim, o produtor está aguardando um pouco mais para realizar a colheita”, disse.
Segundo Alceu, mesmo com a última chuva de bom volume tendo sido registrada há 40 dias, grande parte do milho terá um rendimento muito bom, de 6.000 quilos por hectare. Considerando a área já colhida, as restantes estão na fase de maturação final (87%) e enchimento de grãos (11%). “Algumas lavouras na fase inicial de enchimento de grãos, no ponto de pamonha, talvez venham a ser prejudicadas pela falta de chuvas”, comenta.
De acordo com o mais recente levantamento de SAFRAS & Mercado, a safrinha de milho de Goiás em 2023 é estimada em 15,574 milhões de toneladas, superando as 12,119 milhões de toneladas colhidas na temporada 2022. A área cultivada deve crescer 1,9%, passando de 2,403 milhões de hectares para 2,448 milhões de hectares. O rendimento médio das lavouras é estimado em 6.360 quilos por hectare, superando os 5.042 quilos por hectare registrados na temporada anterior.
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Fonte: Safras e Mercado