Frutas ficaram mais caras na maior parte da centrais de abastecimento, indica Conab

17 de dezembro de 2021

Os preços de frutas no atacado subiram na maior parte das centrais de abastecimento do país, de acordo com o boletim Prohort, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O relatório, de periodicidade mensal, faz um levantamento dos valores de frutas e hortaliças de alto consumo em algumas das principais regiões do país.

De acordo com os técnicos, o cenário para a banana foi de alta de preços e quada na comercialização. Com a maior parte dos lotes comercializados sendo de boa qualidade, a demanda foi razoável tanto para a variedade prata quanto para a nanica. De outro lado, os custos de produção também subiram.

Com isso, o preço médio da banana aumentou 11,86% na Ceasa Rio Branco, no Acre, a maior alta registrada nas centrais pesquisadas pela Conab. A baixa de preço mais significativa foi vista em Fortaleza (CE), de 7,32%.

Na laranja, o movimento foi de oscilação nos valores, de acordo com a Conab, com queda na comercialização em boa parte das centrais. Chuva, cotações em níveis elevados em meses anteriores e demanda retraída ajudam a explicar o movimento, segundo os técnicos. A menor produção também levou a redução nas exportações.

Em Rio Branco (AC), foi registrada a maior alta no preço da fruta, na comparação entre novembro e outubro: 56,12%. Em Fortaleza (CE), o preço da fruta subiu 26,93%. A maior baixa da laranja no mês passado foi registrada na Ceagesp, em São Paulo: -10,58%.

A maçã teve aumento na maior parte das centrais de abatecimento. Segundo o boletim Prohort, o mercado iniciou novembro aquecido, especialmente para frutas de tamanho menor. Mais para o final do mês, o ritmo de comercialização caiu, os preços também. As exportações, por sua vez, aumentaram. A central onde a maçã subiu mais foi a do Rio de Janeiro (RJ): 15,10%. A queda de preço mais significativa foi vista em Rio Branco (AC): -37,89%.

No mamão, a queda na oferta levou a aumento de preços na maior parte das ceasas. Mas, com o aumento também dos custos de produção, essa alta não se converteu, necessariamente, em lucratividade para os produtores. Em algumas áreas produtivas, houve aumento da incidência de doenças fúngicas. As exportações também foram maiores no último mês, segundo a Conab.

Em Vitória, o preço da fruta mais que dobrou em novembro, com alta de 123,44% em comparação com outubro. Em Rio Branco (AC), o mamão ficou 59,6% mais caro. A maior baixa foi registrada na Ceasa do Rio de Janeiro (-11,24%)

No caso da melancia, o cenário também foi de alta de preços na maior parte da centrais, em meio a um cenário de comercialização menor. Em algumas regiões, chuva mais intensas trouxeram dificuldades para o escoamento da produção. Enquanto isso, as exportações trouxeram resultados, de acordo com o boletim Prohort. A Ceasa onde o preço da fruta mais aumentou foi a de Campinas (SP): 68,11%. A maior queda foi registrada em Fortaleza (CE): -9,77%.

Foto: Pxhere/CreativeCommons

 

Fonte: Globo Rural