Frete rodoviário dobra no Brasil e tendência é de alta

26 de julho de 2022

Com o avanço da colheita da segunda safra de milho no Brasil, o mercado internacional superaquecido e a alta nos preços do diesel, o frete rodoviário disparou no país segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em uma das rotas mais movimentadas, que tem como origem o município de Sorriso (MT) e destino na região do Alto do Araguaia, onde ficam terminais ferroviários de carga, ao sul do Mato Grosso, o valor dobrou; em junho do ano passado, era de R$ 75 por tonelada. Atualmente, são R$ 150 por tonelada. Se olhar só para variação mensal de maio a junho, o aumento na rota foi de 50%.

Segundo a Conab, a valorização ocorre em praticamente todas as rotas do país: em direção a Santos (SP), Paranaguá (PR), Miritituba (PA) ou Santarém (PA). A tendência é que o transporte rodoviário fique mais caro a medida que a colheita avança e o mercado internacional compra mais milho do Brasil.

Até a terceira semana do mês de julho, o total de milho embarcado para o exterior foi quase 100% acima, ou seja, o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando a gente olha pro volume médio diário; o país despachou 174 mil toneladas por dia enquanto que no ano passado foram 90 mil toneladas por dia nesta mesma época do ano.

Outra notícia que esquenta esse mercado mundial de milho e, certamente, afeta o Brasil diz respeito à seca na Europa. O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigka em inglês) reduziu a sua projeção para safra mundial de milho por causa da falta de chuva em países produtores da União Europeia. Já os Estados Unidos, maiores produtores do grãoo, não iniciarem a colheita da nova safra. O Brasil deve continuar exportando bastante e abastecendo os países que buscam o produto.

Foto: REUTERS/Jorge Adorno

 

Fonte: Globo Rural