Demanda menor e alta do frete rodoviário derrubam preços da soja

9 de agosto de 2022

A menor demanda externa e a cautela dos compradores domésticos, devido ao elevado frete rodoviário, pressionaram as cotações do complexo soja no Brasil nos últimos dias, segundo informe divulgado nesta segunda-feira pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Os pesquisadores do Cepea observam que grande parte dos agentes prefere aguardar para negociar nas próximas semanas, visto que a tendência é de redução no frete rodoviário, devido à finalização da colheita do milho e à retomada de frete de retorno, diante das importações de insumos para a safra 2022/2023.

Os levantamentos do Cepea mostram que no spot nacional, de 29 de julho a 5 de agosto, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná recuaram 3,9% e 2,9%, com respectivos fechamentos de R$ 188,03/saca e de R$ 182,61/saca de 60 kg na sexta (5/8).

Quanto aos derivados, os preços do farelo de soja cederam 2,5% na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, essa queda se deve à menor demanda externa e ao recuo dos prêmios de exportação, que apresentaram deságio sobre a alta internacional. “Vale observar que parte dos consumidores domésticos retomou o interesse de compra, mas a disparidade entre os valores de compradores e vendedores limitou a liquidez.”

Eles relatam que o óleo de soja voltou a ser negociado abaixo dos R$ 8.000,00/tonelada, reflexo da menor demanda do setor industrial. O preço do óleo de soja na região de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) registrou queda de 1,2% entre 29 de julho e 5 de agosto, indo para R$ 7.774,08/tonelada no dia 5.

Foto: REUTERS/Jorge Adorno

 

Fonte: Globo Rural