As lavouras de soja e milho do Brasil tiveram um aumento na incidência de percevejos, na comparação das safras 2022/2023 com a 2021/2022. A conclusão é do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), com base em resultados de pesquisa de campo.
Nas plantações de soja, a ocorrência da praga aumentou 6,3%. No milho, 10,8%. Na avaliação da entidade que representa a indústria de defensivos agrícolas, questões climáticas e o aumento da área plantada com as duas culturas são fatores que ajudam a explicar a situação.
Ainda de acordo com o Sindiveg, produtores de algodão também sofreram. O levantamento indicou crescimento de 3,7% na incidência de mosca branca na comparação dos ciclos 2022/2023 e 2021/2022. As ocorrências de bicudo-do-algodoeiro aumentaram 17,3% na mesma comparação.
“Estes cenários demonstram a importância das tecnologias de proteção de cultivos para que os agricultores brasileiros sigam aumentando a produtividade”, comenta Júlio Borges Garcia, presidente do Sindiveg, em nota.
O relatório do Sindiveg indica ainda que a área tratada com defensivos aumentou 13,4% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, principalmente por conta da cultura da soja. A oleaginosa atualmente representa 37% do total da área tratada. Nos primeiros três meses de 2022, a proporção era de 33%.
“Estes números estão em linha com os últimos dados publicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que mostrou que a produtividade da soja aumentou 15% na safra 22/23 em relação à safra 21/22”, diz Garcia. “A produtividade cresce pela adoção de muitas tecnologias integradas no campo, inclusive, a de defensivos agrícolas”, avalia o executivo.
Foto: Embrapa
Fonte: Globo Rural