Crédito rural: contratações caíram no primeiro mês da safra 22/23

9 de agosto de 2022

Em julho, mês que começa oficialmente a nova safra no Brasil, a contratação de crédito rural caiu em relação ao ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a redução foi de 1%, mas de uma grande quantia.

Ao todo, os produtores contrataram mais de R$ 25 bilhões em julho, uma redução, portanto, de mais de R$ 250 milhões em relação ao ano passado. O que chama atenção desse total é a parcela destinada a custeio, isso é, a aquisição dos insumos básicos para dar início do plantio: foram R$ 22,2 bilhões destinados, uma alta expressiva de 38%.

Percebe-se, assim, a partir desse dado, o foco dos produtores brasileiros e confirma a importância dos recursos oficiais para colocar a safra em campo. Sem esses recursos federais, o agronegócio não acontece no país, já os recursos que são destinados para a comercialização, a industrialização e o investimento despencaram.

A linha que mais caiu foi a de investimento, que teve uma queda de 75%. O valor total de investimento – que inclui compra de equipamentos para modernização de fazendas, como maquinários, automação ou irrigação, por exemplo – somou R$ 1,6 bilhão. Essa diminuição significativa nos recursos se deve ao atraso na liberação dos recursos.

Segundo o Mapa, a portaria que autorizava o pagamento dos recursos com equalização de juros foi publicada somente no dia 19 de julho, mais de 20 dias depois do anúncio oficial do Plano Safra, que trazia os montantes destinados para cada linha de investimentos. Outras linhas que tiveram forte queda no montante de recursos liberados foram a de comercialização, que caiu 43%, e a de industrialização, que caiu 47%.

Foto: Gabriel Faria/Embrapa

 

Fonte: Globo Rural