Controle de doenças no rebanho requer atenção ao calendário vacinal

28 de novembro de 2022

O segundo ciclo da vacinação contra a febre aftosa será encerrado na próxima quarta-feira (30/11). Ao todo, devem ser imunizados 161 milhões de bovinos e bubalinos, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O calendário contempla 20 estados e o Distrito Federal.

Em dez estados (AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR e RN), a vacinação ocorre em animais de até 24 meses. Para as 11 unidades da Federação (BA, ES, GO, MG, MS, MT, RJ, SE, SP, TO e DF), que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação este mês é para bovinos e bubalinos de todas as idades.

Fim da obrigatoriedade da vacina

A partir de janeiro de 2023 a vacina contra febre aftosa deixará de ser obrigatória em sete unidades da federação (DF, ES, GO, MT, MS, MG e TO). Atualmente, somente os estados de SC, PR, RS, AC, RO e partes do Amazonas e MT possuem certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Este é um passo importante para a pecuária nacional, pois dá ao país destaque e reconhecimento internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal, possibilitando negociações com novos parceiros comerciais.

Mas para que o pecuarista consiga aproveitar esta oportunidade, é necessário manter o calendário vacinal do rebanho em dia. “É essencial que o pecuarista tenha um controle rígido de vacinação na fazenda. Controlar doenças, parasitas e infecções no rebanho são formas de aumentar a produtividade e a rentabilidade do negócio”, destaca o gerente Técnico da Zoetis, Juliano Melo.

Vacinas contra brucelose, raiva, clostridiose e diarreia neonatal são algumas das essenciais e que ajudam a manter a sanidade do rebanho. “Estruturar o calendário e mapear os manejos da fazenda são fundamentais para garantir o sucesso desse processo”, diz o especialista.

Algumas dicas para manter a sanidade do rebanho:

– Identificar os manejos que ocorrem dentro da propriedade (estação de monta, estação de nascimento, confinamento, campanhas oficiais na região da fazenda, etc.);

– Quais os programas de controle estratégicos são adequados/necessários para a propriedade (controle de carrapatos, controle de verminoses, controle de mosca do chifre, etc.);

– Estruturar o calendário com todas as vacinas e vermífugos de forma a ter um cronograma anual de atividades.

“Essas atitudes permitem ao pecuarista estar preparado para os principais desafios de sua propriedade, alinhado com as exigências do Mapa e ainda com um plano de atividades, o que inclui compras que irão auxiliar na execução dos manejos rotineiros da fazenda”, sustenta Melo.

Foto: Globo

 

Fonte: Globo Rural