Consumo de ovo no Brasil bateu recorde e tende a continuar crescendo, avalia indústria

11 de outubro de 2021

O consumo de ovos no Brasil atingiu níveis recordes nos últimos anos, sueprando a média global. E o cenário para o futuro é de continuidade dessa tendência, avalia a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria do setor, em nota alusiva ao Dia Mundial do Ovo, comemorado nesta sexta-feira (8/10)

A data, definida pela Comissão Internacional do Ovo, é celebrada na segunda sexta-feira de outubro desde 1996. No Brasil, o ovo atende consumidores dos mais variados perfis de consumidores, destaca a ABPA. E consumo cresceu de forma significativa no país: de 148 unidades per capita anuais em 2010, para 251 unidades em 2020, volume recorde.

A indústria projeta para 2021 um consumo de 255 unidades per capita, com produção anual superior a 54,5 bilhões (o equivalente a 1.728 ovos por segundo).

Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA e do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil (IOB), as fortes campanhas de informação e a versatilidade do ovo mudaram o quadro de consumo. O acesso mais fácil em relação a outras proteínas, como as carnes, também foi um fator de estímulo à demanda pelo produto.

“Os últimos dois anos foram marcantes para os produtores de ovos, que viram o Brasil superar a média global de consumo de ovos, que é de 230 unidades anuais. É o rompimento de um paradigma do produto, que sempre foi popular, mas que agora é, de fato, amplamente consumido no país”, avalia Santin, na nota da ABPA.

A perspectiva de que 2022 traga um novo aumento no consumo de ovos nos Brasil. O volume médio per capita é projetado pela Associação em 262 unidades por ano, mesmo em meio a um cenário de perda de competitividade na produção, influenciada pela alta nos custos da cadeia produtiva.

“O custo elevado de outras proteínas coloca o ovo em uma situação vantajosa, reforçado pela posição que a proteína assumiu na percepção do consumidor em relação à saudabilidade do produto. O ovo não é só um produto versátil, popular e gourmet ao mesmo tempo. Ele agora assumiu, definitivamente, uma posição estratégica para a segurança alimentar do país”, avalia Ricardo Santin.

Foto: Getty images

 

Fonte: Globo Rural