Comercialização da safra 2023/24 de café do Brasil chega a 79%

16 de fevereiro de 2024

As vendas da safra de café 2023/24 (julho/junho) do Brasil ganharam um pouco mais de ritmo, apesar da resistência do vendedor. O último levantamento da Consultoria SAFRAS e Mercado apontou um comprometimento por parte do produtor de 79% do potencial da safra até o último dia 13 de fevereiro.

As vendas evoluíram 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior. A comercialização está ligeiramente adiantada em relação ao ano passado, quando estava em 78% da safra passada, e um pouco abaixo da média de 5 anos para o período (81%). Assim, a comercialização atinge 51,6 milhões de sacas de uma produção estimada em 65,53 milhões de sacas.

Segundo o consultor de SAFRAS e Mercado, Gil Barabach, os produtores apareceram um pouco mais para a comercialização. “O maior otimismo em relação à safra 2024 e o grande volume de café da safra 2023 ainda na mão do produtor serviu de estímulo às vendas. A alta nos preços no final do ano, que se estende nesse início de 2024, e o risco de mudança na curva de preço com a chegada da safra nova ao mercado acabaram mexendo com o comportamento dos vendedores”, comenta. Para ele, esse interesse de venda tende a crescer ao longo dos meses de março e abril, com os primeiros lotes de cafés novos aparecendo no mercado e diante da necessidade de caixa de alguns produtores para cobrir as despesas com a colheita.

As vendas de café arábica no Brasil alcançam 75% da produção, em linha com igual período do ano passado e abaixo da média de 5 anos (78%). “Destaque para o bom avanço das vendas no Sul de Minas, especialmente junto às cooperativas”, indica.

Já a comercialização de conilon segue acelerada, com o produtor aproveitando os preços altos e o elevado interesse externo. As vendas de conilon alcançam 87% da produção, um percentual superior a igual período do ano passado, quando o comprometimento do produtor estava em 84% e acima da média dos últimos 5 anos (86%).

Foto: Freepik

 

Fonte: Safras e Mercado