Com maior impacto de alimentos, inflação avança 0,67% em junho

8 de julho de 2022

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação no Brasil, avançou 0,67% em junho, de acordo com os dados divulgados pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todos os grupos de produtos e serviços analisados tiveram aumento no mês passado. A maior variação foi em Vestuário, com alta de 1,67% e 0,07 p.p. de contribuição. Mas o grupo Alimentação e bebidas foi o que teve maior impacto sobre o índice (0,17 p.p.), com alta de 0,8%.

Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (1,24%) e Transportes (0,57%), com impactos de 0,15 p.p. e 0,13 p.p., respectivamente. O grupo Habitação, que havia registrado queda de 1,70% em maio, passou para alta de 0,41% em junho, com impacto de 0,06 p.p. Os demais grupos ficaram entre o 0,09% de Educação e o 0,55% de Artigos de residência.

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,80%) foi influenciado pela alta dos alimentos para consumo fora do domicílio (1,26%). A refeição passou de 0,41% no mês anterior para 0,95% em junho, enquanto o lanche foi de 1,08% para 2,21%.

Também houve alta em alguns alimentos para consumo no domicílio (0,63%), como o leite longa vida (10,72%) e o feijão-carioca (9,74%), por exemplo. No lado das quedas, houve recuo expressivo nos preços da cenoura (-23,36%), que já haviam caído em maio (-24,07%). Outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros tiveram redução de preços, a exemplo da cebola (-7,06%), da batata-inglesa (-3,47%) e do tomate (-2,70%).

No acumulado do ano, a alta do grupo de alimentos foi de 8,42%, de acordo com o IBGE.

11,2% em 12 meses

O indicador ficou ficando 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de maio (0,47%). No ano, o IPCA acumula alta de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%, acima dos 11,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, a variação havia sido de 0,53%.

Foto: Getty Images

 

Fonte: Globo Rural