Com boa evolução na reposição entre atacado e varejo, setembro tem alta nos preços dos suínos

29 de setembro de 2023

O mês de setembro teve alta tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, assim como nos meses anteriores, o período contou com dois cenários distintos, mas dessa vez com evolução consolidada nos preços.

“Até o dia 20, a reposição entre atacado e varejo evoluiu bem, o que acabou favorecendo os preços dos cortes”, afirma o analista. “Os frigoríficos também atuaram de amaneira ativa nas negociações do vivo, enquanto os suinocultores apontavam oferta equilibrada. Isso ajudou no avanço das cotações da carne suína”, complementa.

Após o dia 20, contudo, Maia ressalta que o ambiente de negócios esfriou. “A reposição entre atacado e varejo ficou mais lenta. Os frigoríficos também ficaram mais cautelosos nas compras do animal vivo, com recuo de preços”, disse.

Em relação às exportações de carne suína, o analista pontua que o cenário segue apresentando um ótimo desempenho. “Considerando os volumes, setembro deve ultrapassar novamente a marca de 100 mil toneladas. O ponto de atenção é o preço da tonelada, que está em tendência de queda”, conclui.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 4,43% no mês, passando de R$ 5,68 para R$ 5,93. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 10,16, tendo elevação de 1,43%. A carcaça teve valorização de 5,08%, passando de R$ 8,86 para R$ 9,31.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 118,00 para R$ 125,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o preço do quilo subiu de R$ 5,15 para R$ 5,25 e, no interior do estado, de R$ 5,80 para R$ 6,20.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,30, enquanto que no interior catarinense, de R$ 5,80 para R$ 6,15. No Paraná, o avanço foi de R$ 5,85 para R$ 6,20 no mercado livre e na integração estabilidade de R$ 5,25.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve crescimento de R$ 5,50 para R$ 5,80 e, na integração, o preço do quilo foi de R$ 5,10 para R$ 5,30. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 6,00 para R$ 6,20, no interior de Minas Gerais a estabilidade foi de R$ 6,50 e no mercado independente de R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve incremento de R$ 5,45 para R$ 5,80 e, na integração do estado, os preços passaram de R$ 5,10 para R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 193,353 milhões em setembro (quinze dias úteis), com média diária de US$ 12,890 milhões.

A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 82,826 mil toneladas, com média diária de 12,890 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.334,40.

Em relação a setembro de 2022, houve alta de 17,1% no valor médio diário, de 23,0% na quantidade média diária e queda de 4,8% no preço médio diário. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Foto: Freepik

 

Fonte: Safras e Mercado