A cultura do trigo no Rio Grande do Sul encontra-se predominantemente em fases reprodutivas, abrangendo a de floração (41%) e a de enchimento de grãos (34%). A fase de desenvolvimento vegetativo representa atualmente 19%, e a de maturação compreende 6% das lavouras, localizadas no Oeste do Estado.
A área cultivada na Safra 2023 está estimada em 1.505.704 hectares, e a produtividade prevista é de 3.021 kg/ha.
O período de tempo úmido contínuo e alta nebulosidade não foi favorável para as lavouras. As condições climáticas atuais são propícias ao desenvolvimento de doenças, especialmente nas espigas e espiguetas.
Nas lavouras que estão no estágio final de enchimento de grãos e início da maturação, os sintomas de doenças nas espigas, como giberela e brusone, têm aumentado, causando atrofia ou morte dos órgãos reprodutivos e interrompendo o crescimento dos grãos. Entre os sintomas incluem o escurecimento das partes afetadas, a descoloração das espigas e a presença de estruturas de frutificação dos fungos. Há risco elevado de perdas na qualidade dos grãos em maturação, o que pode impedir seu aproveitamento na produção de farinha, restando apenas a opção de venda para ração, cujos preços são significativamente mais baixos.
Foto: Freepik
Fonte: Safras e Mercado