Brasil deve produzir e exportar mais carnes de frango e suína em 2023

16 de dezembro de 2022

Com 4,85 milhões de toneladas, o Brasil deve encerrar 2022 com um recorde nas exportações de carne de frango. O volume representa um crescimento de 5% em relação ao ano passado. “Foi um ano difícil, especialmente em relação a custos, mas chega ao final de maneira positiva”, avaliou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

A entidade divulgou números para este ano e o próximo, em uma entrevista coletiva transmitida via internet, nesta quinta-feira (15/12). Para 2023, a entidade prevê um volume ainda maior, com a exportação da carne de frango entre 5 e 5,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,5% em relação a 2022.

O recorde nas exportações brasileiras de frango é atribuído a três fatores: às consequências do conflito entre Ucrânia e Rússia, que diminuíram as exportações ucranianas; a preocupação global com o impacto da Influenza Aviária (IA) – que hoje tem focos ativos em mais de 40 países; e o aumento dos custos de produção, principalmente nos EUA. “O crescimento era projetado devido a esse conjunto de fatores”, comentou Santin.

No acumulado de janeiro a novembro de 2022, a exportação de carne de frango ficou em 4,4 milhões de toneladas, crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, passou de R$ 6,9 milhões para R$ 8,9 milhões, aumento de 29,3%. A China continua sendo o principal destino das exportações da carne de frango, com 12% do volume total, seguida dos Emirados Árabes, com 10%, e do Japão, com 9%.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, a exportação de carne de frango para a China teve uma redução de 16,2%. Já para os Emirados Árabes, a exportação deste ano cresceu 19,2% em comparação ao acumulado de janeiro a novembro do ano passado.

Para Santin, o fato de o Brasil ser um país livre da IA é um importante diferencial frente ao mercado global. “O Brasil continua competitivo. Nunca tivemos e não temos a Influenza Aviária. Mas estamos solicitando à equipe de transição a manutenção das verbas de defesa para que possamos seguir preparados para manter os protocolos de segurança e as ações do plano de sanidade agrícola. Seguimos em alerta, fazendo um reforço de prevenção e treinamento”, ressaltou.

Outros aspectos que interferiram nos principais mercados globais de aves em 2022 – como EUA, Europa, China e Oriente Médio – que devem se estender para o próximo ano, segundo o setor, são resquícios da pandemia da Covid-19 e problemas com mão-de-obra e logística.

A produção da carne de frango no Brasil atingiu 14,5 milhões de toneladas – uma variação positiva de 1,5% em relação a 2021. Já a projeção para 2023 é de que a produção gire em torno de 14,6 milhões a 14,7 milhões de toneladas – um crescimento de 2% em comparação a este ano.

Para o Brasil, os custos dos insumos como grão de milho e farelo de soja e da energia elétrica são os principais desafios para 2023. “O preço do milho e da soja não está dando manifestação de que vai cair”, ressalta Santin. O resultado é a manutenção dos preços ao consumidor final nos patamares atuais: “mesmo com a produção maior, os custos de produção elevados não irão possibilitar grande queda de preço nas gôndolas do mercado”, acredita o presidente da ABPA.

Por outro lado, Santin destaca que o aumento do salário mínimo e as ações de biosseguridade em relação à Influenza Aviária são fatores favoráveis para a manutenção das projeções anunciadas.

Carne suína

As projeções para a carne suína apresentadas pela ABPA apontam queda de 1,5% nas exportações de 2022, em comparação a 2021. Neste ano, foram exportadas 1,120 milhão de toneladas. “A suinocultura teve perdas, mas vemos um perfil de recuperação”, comentou Santin. A projeção para 2023 é de um aumento de 12% nas exportações, chegando a 1,250 milhões de toneladas.

O dólar no nível atual, na visão do presidente da associação, deve facilitar as exportações. Entre as principais preocupações do mercado global de suínos, estão os custos de produção, com ração animal e energia em alta; impacto da Peste Suína Africana e dificuldades com mão de obra e logística, incluindo os custos do petróleo.

A China continua sendo o principal importador da carne suína brasileira, com 41% do volume total, seguida de Hong Kong, com 9% e Filipinas, com 8%. Aprsar disso, os chineses compraram 19,3% menos e Hong Kong reduziu as compras em 38%.

No acumulado entre janeiro e novembro de 2022, a exportação de carne suína caiu 2,8% em volume, passando de 1,047 milhão para 1,018 milhão de toneladas. Em receita, a queda foi de 5,3%, passando de US$ 2,4 milhões no ano anterior para US$ 2,3 milhões neste ano. “Os números caíram, mas prevemos recuperação em 2023 com a retomada da China, que já deve aumentar a importação no primeiro semestre”, disse Santin.

Entre as razões para o reaquecimento desse mercado, a ABPA pontua o Festival da Primavera chinês, a partir de 22 de janeiro, e a busca pela estabilização do mercado, tendo em vista o preço alto da carne suína, além da retomada do food service e do relaxamento da política de controle da Covid-19. Outras apostas do setor estão na abertura dos mercados do México e no Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do mundo.

A produção da carne suína registrou crescimento de 6,5% em 2022, na comparação com o ano anterior. A produção ficou entre 4,9 milhões e 5 milhões de toneladas. Para 2023, o setor projeta um aumento de 4% em comparação com 2022, podendo chegar a 5,150 milhões de toneladas.

A avaliação do presidente da associação é que o brasileiro está consumindo mais carne, por causa da redução do desemprego e de programas governamentais como o auxílio emergencial. “O aumento do salário mínimo também deve impactar positivamente o setor”, considera.

Carne suína do Brasil

As projeções para a carne suína apresentadas pela ABPA apontam queda de 1,5% nas exportações de 2022, em comparação a 2021. Neste ano, foram exportadas 1,120 milhão de toneladas. “A suinocultura teve perdas, mas vemos um perfil de recuperação”, comentou Santin. A projeção para 2023 é de um aumento de 12% nas exportações, chegando a 1,250 milhões de toneladas.

O dólar no nível atual, na visão do presidente da associação, deve facilitar as exportações. Entre as principais preocupações do mercado global de suínos, estão os custos de produção, com ração animal e energia em alta; impacto da Peste Suína Africana e dificuldades com mão de obra e logística, incluindo os custos do petróleo.

A China continua sendo o principal importador da carne suína brasileira, com 41% do volume total, seguida de Hong Kong, com 9% e Filipinas, com 8%. Aprsar disso, os chineses compraram 19,3% menos e Hong Kong reduziu as compras em 38%.

No acumulado entre janeiro e novembro de 2022, a exportação de carne suína caiu 2,8% em volume, passando de 1,047 milhão para 1,018 milhão de toneladas. Em receita, a queda foi de 5,3%, passando de US$ 2,4 milhões no ano anterior para US$ 2,3 milhões neste ano. “Os números caíram, mas prevemos recuperação em 2023 com a retomada da China, que já deve aumentar a importação no primeiro semestre”, disse Santin.

Entre as razões para o reaquecimento desse mercado, a ABPA pontua o Festival da Primavera chinês, a partir de 22 de janeiro, e a busca pela estabilização do mercado, tendo em vista o preço alto da carne suína, além da retomada do food service e do relaxamento da política de controle da Covid-19. Outras apostas do setor estão na abertura dos mercados do México e no Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do mundo.

A produção da carne suína registrou crescimento de 6,5% em 2022, na comparação com o ano anterior. A produção ficou entre 4,9 milhões e 5 milhões de toneladas. Para 2023, o setor projeta um aumento de 4% em comparação com 2022, podendo chegar a 5,150 milhões de toneladas.

A avaliação do presidente da associação é que o brasileiro está consumindo mais carne, por causa da redução do desemprego e de programas governamentais como o auxílio emergencial. “O aumento do salário mínimo também deve impactar positivamente o setor”, considera.

Ovos

A ABPA também apresentou as projeções para o segmento de ovos. Em 2022, houve queda de 5% na produção, passando de 54,9 bilhões de unidades no ano passado para 52 bilhões de unidades. Segundo Santin, a redução se deve ao aumento dos preços dos insumos. “A pressão do custo levou as matrizes mais velhas a serem descartadas e isso está se refletindo agora”, explicou.

O volume de exportação de ovos também caiu 12%, em relação ao ano anterior: de 11,3 mil toneladas em 2021 para 10 mil toneladas em 2022. Para 2023, é projetado um aumento de 10%, voltando a 11 mil toneladas. Mesmo com uma perspectiva de produção ainda menor em 2023. A ABPA projeta uma queda de 2%, para 51 bilhões de unidades. Os Emirados Árabes são o principal país importador do ovo brasileiro, com 48% do total.

O ano de 2022 registrou ainda aumento no volume da exportação de peru (30,5%) e de tilápia (49,9%) e redução de 14,3% no volume de carne de pato exportada.

Foto: Globo Rural

 

Fonte: Globo Rural