Brasil deve exportar 96 milhões de toneladas de soja em 2024

22 de abril de 2024

Apesar de em menor volume do que no ano anterior, o Brasil deverá embarcar uma grande quantidade de soja em 2024. Safras atualizou seu quadro de oferta e demanda e revisou para cima sua projeção para as exportações brasileiras.

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 96 milhões de toneladas em 2024, contra 101,86 milhões em 2023, com uma queda de 6%. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por Safras & Mercado. No relatório anterior, divulgado em março, a projeção era de 94 milhões de toneladas.

Safras indica esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024 e de 53,165 milhões de toneladas em 2023. Não houve alteração na previsão na comparação com março.

Safras indica importação de 650 mil toneladas em 2024, contra 181 mil toneladas em 2023.

Em relação à temporada 2024, a oferta total de soja deverá recuar 4%, passando para 156,54 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 153,3 milhões de toneladas, recuando 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão cair 30%, passando de 4,641 milhões para 3,237 milhões de toneladas.

Safras trabalha com uma produção de farelo de soja de 41,75 milhões de toneladas em 2024, repetindo o ano anterior. As exportações deverão cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, recuando 6%. Os estoques deverão subir 147% para 3,62 milhões de toneladas.

A produção de óleo de soja deverá crescer 1% para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44%. O consumo interno deve subir 12% para 9,65 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subndo 12% para 575 mil toneladas.

Mercado

No Brasil, a semana foi marcada por poucos negócios e dificuldade em definir preços. Enquanto o dólar subiu forte na semana, atingindo os maiores patamares em mais de um ano. Em contrapartida, os contratos futuros em Chicago teve a maior qued queda semanal desde agosto de 2023. Até o momento, a posição maio/24 acumula 3,3% de perdas em relação a semana anterior.

O avanço do plantio nos Estados Unidos, a boa oferta de soja da América do Sul e a fraca demanda pela soja americana compuseram ao longo da semana um quadro negativo aos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

Além disso, pesa sobre os contratos das commodities agrícola o clima de aversão ao risco no mercado financeiro global. As dúvidas sobre quando vai iniciar os cortes dos juros americanos faz o capital procurar por investimentos mais seguros, como câmbio e títulos do Tesouro americano, movimento que pesou sobre a soja.

Foto: Freepik

 

Fonte: Safras e Mercado