Alto custo do frete marítimo afeta exportações de arroz

9 de julho de 2021

Os altos custos dos fretes marítimos, que aumentaram em média 170% em 2021, chegando a 500% em alguns casos em junho, e a falta de contêineres impactaram as vendas externas de arroz no primeiro semestre, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério da Economia.

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que no primeiro semestre as exportações recuaram 41% e as importações cresceram 60% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, o Brasil exportou 475.962 toneladas de arroz (base casca), ante 953.334 toneladas em igual período de 2020. Os principais destinos do produto brasileiro no primeiro semestre foram o Peru, a Holanda e o Senegal.

“O alto valor do frete marítimo e a indisponibilidade de espaços nos navios acarretaram perdas de negócios internacionais no setor arrozeiro brasileiro”, aponta o diretor de Assuntos Internacionais da Abiarroz, Gustavo Trevisan. Segundo ele, esses fatores provocaram uma redução de 33% no desempenho das exportações.

Trevisan observa que a pandemia prejudicou o setor logístico. “Algumas empresas reduziram ou suspenderam as operações. Além disso, casos de Covid-19 em tripulações afetaram o fluxo dos fretes, diminuindo a oferta do serviço de transporte marítimo. Só em junho, deixamos de embarcar cerca de 15 mil toneladas de arroz (base casca).”

No primeiro semestre, as importações de arroz somaram 571.775 toneladas. No mesmo período de 2020, o país importou 461.157 toneladas. No mês de junho, o Brasil exportou 70.206 t do cereal (base casca) e importou 86.884 mil t.

Foto: Divulgação

 

Fonte: Globo Rural