Em razão da redução temporária das chuvas no quadrante Noroeste do Rio Grande do Sul, foi possível realizar a colheita das lavouras maduras de feijão segunda safra. No entanto, segundo a Emater/RS-Ascar, o produto colhido apresentou baixa qualidade, causada pelos grãos brotados e manchados. Estima-se que foram colhidos 73% dos cultivos.
Parte das lavouras restantes não apresenta perspectivas viáveis de colheita devido ao prolongado período chuvoso, que favoreceu o surgimento de doenças e resultou em severas perdas na área foliar.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, a área plantada totaliza 2.740 hectares. Aproximadamente 40% foram abandonados sem colher em função das chuvas. A produtividade varia entre 1.000 e 1.200 kg/ha.
Na região de Ijuí, as perdas variaram entre 40% e 50% em termos de qualidade e quantidade do produto colhido. Foram colhidos 65% da área, e a produtividade é de 1.380 kg/ha.
Na região de Santa Maria, a safra foi comprometida, e a produtividade apurada ficou em apenas 989 kg/ha, a expectativa inicial de produtividade era de 1.568 kg/ha. Quase 20% das lavouras não foram colhidas. Nesta safra, foram plantados 740 hectares na região.
Na de Soledade, estima-se que 65% da área cultivada foi colhida antes das intensas chuvas no início de maio; a produtividade e a qualidade dos grãos estão normais. Atualmente, o percentual colhido está estimado em 75%. Os grãos colhidos, após as fortes chuvas, apresentam mais de 50% de perdas devido ao brotamento e à deterioração. A produtividade esperada inicialmente era de 1.500 kg/ha, e a atual é de 1.100 kg/ha.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar indica que a cotação média da saca de feijão no Estado, na semana, apresentou redução de 9,86%, passando de R$ 275,97 para R$ 248,75.
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Fonte: Safras e Mercado