O Brasil deverá confinar um volume recorde de 7,367 milhões de bovinos em 2024, segundo o mais recente levantamento de Safras e Mercado. De acordo com o analista Fernando Iglesias, o crescimento de 4,52% frente aos 7,049 milhões de bovinos confinados no último ano leva em conta o custo de nutrição animal bastante acessível, a boa perspectiva no segmento de reposição de gado e a curva de preços bastante interessante no mercado futuro. “Essa combinação de baixo custo, com boa possibilidade de travamento de preços por valores interessantes no mercado futuro, deve levar a um confinamento nunca antes alcançado neste ano”, pontua.
Ele acrescenta que o mercado chinês exige animais jovens na exportação, o que contribui para que o confinamento seja uma excelente estratégia para ganho de peso rápido do gado.
Entre os estados, merece destaque o aumento previsto na atividade de confinamento em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que tiveram muitas unidades frigoríficas habilitadas recentemente para a exportação.
O Mato Grosso espera um avanço de 2,58% no número de animais confinados em 2024, que poderia alcançar 1,399 milhão de cabeças. Em 2023, foram confinados 1,364 milhão de animais no estado.
Em Mato Grosso do Sul deverão ser confinados 942,433 mil bovinos neste ano, alta de 6,08% frente ao volume registrado em 2023, de 888,412 mil cabeças.
Em São Paulo, a expectativa é de que sejam confinados 1,168 milhão de bovinos no ano, aumento de 2,98% frente às 1,135 milhão de cabeças registradas em 2023.
Em Goiás, a atividade deve crescer 3,18%, abrangendo 1,135 milhão de bovinos em 2024, contra os 1,1 milhão de animais confinados no ano passado.
No Paraná, a atividade de confinamento deve avançar 6,16% em 2024, atingindo 298,433 mil bovinos. No ano passado, o estado confinou 281,125 mil bovinos.
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Fonte: Safras e Mercado