As vendas de máquinas agrícolas da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) somaram 60.981 unidades em 2023. O volume é 13,2% inferior ao recorde de 70.262 unidades de 2022.
O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, disse que são muitos os fatores que baseiam a decisão de compra do produtor. Um dos principais é o financiamento: 60% dos consumidores levam em conta a taxa de financiamento (25%), e o tempo de financiamento e para a liberação do crédito por parte dos bancos (35%).
“O Brasil vive a expectativa de redução na taxa de juros. Todo esse processo influencia no momento de se trocar uma máquina. Quem depende da linha de crédito governamental acaba pensando se é o momento ideal ou não. Quem tem capital próprio renova sua frota com mais facilidade”, disse Leite.
O vice-presidente de máquinas agrícolas da Anfavea, Alexandre Bernardes, salientou que o preço das commodities e o clima também tiveram impacto forte nesta queda do investimento, de modo geral, por parte dos clientes. Apesar disso, ele celebra 2023 como um ano excelente.
Conforme a Anfavea, as vendas internas de tratores de rodas somaram 53.792 unidades em 2023, uma queda de 12,4% ano a ano. Para colheitadeiras, foram 7.188 unidades, queda de 18,5% em relação a 2022.
Exportações
As exportações de máquinas agrícolas autopropulsadas totalizaram 8.759 unidades em 2023. No ano anterior, foram 10.661 unidades. O presidente da Anfavea explica que a crise econômica na Argentina teve papel importante.
Em 2019, o país vizinho liderava como principal destino das máquinas produzidas no Brasil, com US% 132 milhões, ou 36% dos US$ 369 milhões que o Brasil exportou naquele ano. Em 2023, o valor caiu para US$ 34 milhões, apenas 5% dos US$ 640 milhões.
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Fonte: Safras e Mercado